Estudando Apocalipse - Gilyahna - Parte 1 - Yahchanam, o Discípulo Amado
O confiante amor e devoção altruísta manifestados
na vida e no caráter de Yahchanan apresentam lições de valor, Yahchanan (João)
é distinguido dos outros discípulos como o "discípulo a quem Yahshuah
amava". Yahchanan 21:20. Parece haver ele alcançado preeminente grau de
amizade com Yahshuah, e recebido muitas provas da confiança e amor do Salvador.
Foi ele um dos três a quem se permitiu testemunhar Yahshuah com seu esplendor
sobre o monte da transfiguração e Sua agonia do Getsêmani, e foi a seu cuidado
que o Salvador confiou Sua mãe nas últimas horas de angústia sobre a madeiro.
A
afeição do Salvador pelo amado discípulo foi correspondida em toda a força de
ardente devoção. Yahchanan se apegou a Yahshuah como a vinha se apega à
majestosa coluna. Por amor do Mestre enfrentou os perigos da sala de
julgamento, e permaneceu próximo ao madeiro; e às novas de que Yahshuah havia
ressuscitado, apressou-se a ir ao sepulcro, e em seu zelo levou a dianteira
mesmo ao impetuoso Kefah (Pedro).
Foi o profundo amor de Yahchanan por
Yahshuah que o levou a desejar estar sempre a Seu lado. O Salvador amava a
todos os doze, mas o espírito de Yahchanan era mais receptivo. Ele era mais
jovem que os outros, e com confiança de uma criança abria o coração a Yahshuah,
assim ligou-se por maior afeição a Yahshuah, e por meio dele os mais profundos
ensinos espirituais do Salvador foram comunicados ao povo.
Em outra ocasião Yakov (Tiago) e Yahchanan
apresentaram por intermédio de sua mãe um pedido para que lhes fosse permitido
ocupar a mais alta posição de honra no reino de Yahshuah. Não obstante a
repetida instrução de Yahshuah com respeito à natureza de Seu reino, esses
jovens seguidores ainda acariciavam a esperança por um Mashyah prometido que
tomasse Seu trono e real poder de acordo com os desejos dos homens. A mãe,
cobiçando juntamente o lugar de honra nesse reino para seus filhos, suplicou:
"Dize que estes meus dois filhos se assentem, um a Tua direita e outro a
Tua esquerda, no Teu reino."
O Salvador, porém, respondeu: "Não sabeis o que
pedis; podeis vós beber o cálice que Eu hei de beber, e ser imergido com a
mikvah com que Eu sou imergido?" Eles recordaram Suas misteriosas palavras
que indicavam prova e sofrimento, contudo responderam confiantes:
"Podemos." Consideravam eles a mais alta honra provar sua lealdade
partilhando de tudo o que sobreviesse a seu Senhor.
"Na verdade bebereis o Meu cálice",
declarou Yahshuah - diante dEle uma madeiro em vez de um trono, Seus
companheiros dois malfeitores, um a Sua direita e o outro a Sua esquerda. Yakov
(Tiago) e Yahchanan deviam ser participantes com seu Mestre no sofrimento - um,
destinado à própria morte pela espada; o outro, o que dentre os discípulos por
mais tempo devia seguir seu Mestre em trabalho, injúria e perseguição.
"Mas o assentar-se a Minha direita ou a Minha esquerda", continuou
Yahshuah, "não Me pertence dá-lo, mas é para aqueles para quem Meu Pai o
tem preparado." Mat. 20:21-23.
Muito
tempo depois, quando Yahchanan havia sido levado à apreciação de Yahshuah
mediante participação nos Seus sofrimentos, o Senhor Yahshuah lhe revelou qual
a condição de estar perto de Seu reino. "Ao que vencer", disse
Yahshuah, "lhe concederei que se assente comigo no Meu trono; assim como
Eu venci, e Me assentei com Meu Pai no Seu trono." Apoc. 3:21. Aquele que
permanece mais próximo de Yahshuah é o que tem bebido mais profundamente de Seu
espírito de amor que vai ao sacrifício - amor que "não trata com
leviandade, não se ensoberbece... não busca os seus interesses, não se irrita,
não suspeita mal" (I Cor. 13:4 e 5) - amor que atua no discípulo, como
atuou em nosso Senhor, levando-O a dar tudo, a viver, a trabalhar e
sacrificar-Se até à própria morte, pela salvação da humanidade.
Yahchanan foi o último sobrevivente dos discípulos alcançou
avançada idade. Juntamente com outros, Yahchanan viu Yahshuah ressuscitado
e o viu quando subiu aos céus, recebeu o derramamento do rukha kadosh no dia da
Chag Shavuot (Festa das Semanas) e presenciou os a comunidade daqueles que
acreditavam em Yahshuah crescendo em número, e ao passar dos anos, encheu-se de
tristeza ao ver surgirem venenosos erros... Mais de meio século havia passado
desde o Mashyah... Testemunhou a destruição de Yahushalayim e a ruína da
majestosa Mishkhan (templo).
Os príncipes
dos judeus encheram-se de ódio atroz contra Yahchanan por sua inamovível
fidelidade à causa de Yahshuah em proclamar que em Yahshuah se via o cumprimento das Festas simbólicas, e ele era o
Cordeiro, e essa mensagem sofreu constante oposição.
Seus inimigos jamais afrouxaram os esforços, e
afinal alcançaram êxito em arregimentar o poder do imperador romano contra os
seguidores de Yahshuah. Declararam que de nada valeriam seus
esforços contra os nazarenos enquanto o testemunho de Yahchanan soasse
aos ouvidos do povo. Para que os milagres e ensinos
de Yahshuah fossem esquecidos, a voz da ousada testemunha teria de
ser silenciada.
Yahchanan foi por conseguinte convocado a Roma para ser julgado por sua
fé. Aqui perante as autoridades, as doutrinas do discípulo foram deturpadas.
Falsas testemunhas acusaram-no de ensinar sediciosas heresias. Por essas
acusações esperavam seus inimigos levar em breve o discípulo à morte.
Yahchanan respondeu por si de maneira clara e convincente, e com
tal simplicidade e candura que suas palavras tiveram efeito poderoso. Seus
ouvintes ficaram atônitos com sua sabedoria e eloquência. Porém, quanto mais
convincente seu testemunho, mais profundo era o ódio de seus opositores. O
imperador Domiciano estava cheio de ira. Não podia contrafazer as razões do
fiel advogado de Yahshuah, nem disputar o poder que lhe acompanhava a exposição
da verdade; determinou, contudo, fazer silenciar sua voz.
Yahchanan foi lançado dentro de um caldeirão de óleo fervente; mas o
Eterno preservou a vida de Seu fiel servo, da mesma maneira como preservara a
dos três hebreus na fornalha ardente. Ao serem pronunciadas as palavras: Assim
pereçam todos os que crêem nesse enganador, Yahshuah de Nazaré, Yahchanan
declarou:
“Meu Mestre Se submeteu pacientemente a tudo quanto Satanás e
seus anjos puderam inventar para humilhá-Lo e torturá-Lo. Ele deu a vida para
salvar o mundo. Considero uma honra o ser-me permitido sofrer por Seu amor. Sou
um homem pecador e fraco. Yahshuah era santo, inocente, incontaminado. Não
pecou nem se achou engano em Sua boca.
Estas palavras exerceram sua influência, e Yahchanan foi retirado
do caldeirão pelos mesmos homens que ali o haviam lançado.
De novo a mão da perseguição caiu pesadamente sobre o discípulo.
Por decreto do imperador foi Yahchanan banido para a ilha de Patmos, condenado
"por causa da Palavra de YAHUH, e pelo testemunho de Yahshuah". Apoc.
1:9. Aqui, pensavam seus inimigos, sua influência não mais seria sentida, e ele
morreria, afinal, pelas privações e sofrimentos.
Em
Patmos
Patmos, uma ilha árida e rochosa no mar Egeu, havia sido escolhida pelo governo romano para banimento de criminosos; mas para o servo de YAHUH sua solitária habitação tornou-se a porta do Céu. Aqui, afastado das cansativas cenas da vida, e dos ativos labores dos primeiros anos, ele teve a companhia de YAHUH, de Yahshuah e dos anjos celestiais, e deles recebeu instrução para o povo do Eterno por todo o tempo futuro. Os eventos que teriam lugar nas cenas finais da história deste mundo foram esboçados perante ele; e ali escreveu as visões recebidas de Yahshuah. Quando sua voz não mais podia testificar dAquele a quem amara e servira, as mensagens que foram dadas nessa costa desolada deviam avançar como uma lâmpada que arde, declarando o seguro propósito de Ulhim concernente a cada nação da Terra.
Entre as rochas e recifes de Patmos, Yahchanan
manteve comunhão com seu Criador. Recapitulou sua vida passada, e ao pensamento
das brachot que havia recebido, a paz encheu-lhe o coração. Ele vivera a vida
de um adorador de YAHUH, e pudera dizer com confiança: "Sabemos que
passamos da morte para a vida." I Yahchanan 3:14. Não assim o imperador
que o banira. Este olharia para trás e encontraria apenas campos de batalha e
carnificina, lares desolados, lágrimas de órfãos e viúvas, o fruto de seu
ambicioso desejo de proeminência
Em seu isolado lar, Yahchanan estava habilitado a
estudar mais intimamente do que nunca as manifestações do poder do alto como
reveladas no livro da Natureza e nas Páginas da Inspiração. Era para ele um
deleite meditar sobre a obra da criação, e adorar o Infinito Arquiteto. Em anos
anteriores seus olhos tinham-se deleitado na contemplação dos morros cobertos
de florestas, dos verdes vales e frutíferas planícies; e nas belezas da
Natureza sempre se deleitara em considerar a sabedoria e habilidade do Criador.
Agora estava circundado por cenas que poderiam parecer a muitos melancólicas e
desinteressantes; mas para Yahchanan representavam outra coisa. Embora o
cenário que o rodeava fosse desolado e árido, o céu azul que o cobria era tão
luminoso e belo como o céu de sua amada Yahushalaym. Nas rochas rudes, e ermos,
nos mistérios dos abismos, no esplendoroso firmamento lia ele importantes
lições. Tudo trazia mensagem do poder infinito de YAHUH.
Em tudo ao seu redor via o discípulo testemunhas do
dilúvio que inundara a Terra porque seus habitantes se aventuraram a
transgredir a lei de YAHUH. As rochas que irromperam da Terra e do grande
abismo pelo irromper das águas, traziam-lhe vividamente à mente os terrores
daquele terrível derramamento da ira de YAHUH. Na voz de muitas águas - abismo
chamando abismo - o profeta ouvia a voz do Criador. O mar, açoitado pela fúria
de impiedosos ventos, representava para ele a ira do soberano ofendido. As
poderosas ondas, em sua terrível comoção, mantidas em seus limites por mão
invisível, falavam do controle de um poder infinito. E em contraste considerava
a fraqueza e futilidade dos mortais que, embora vermes do pó, gloriam-se em sua
suposta sabedoria e força, e colocam o coração contra o Governador do Universo,
como se YAHUH fosse igual a eles. As rochas lhe lembravam Yahshuah, a Rocha de
sua fortaleza, em cujo abrigo podia ele refugiar-se sem temor. Do exilado
discípulo sobre o rochedo de Patmos subiam para o alto os mais ardentes anseios
de alma, as mais ferventes orações.
Em todos os séculos Satanás tem perseguido o povo de YAHUH. Tem-no torturado e lhe dado a morte, porém tornaram-se eles conquistadores ao morrer. Deram testemunho do poder de Alguém que é mais forte que Satanás. Podem os ímpios torturar e matar o corpo, mas não podem tocar na vida que está escondida com Yahshuah em YAHUH. Podem encerrar homens e mulheres nas prisões, mas não lhes podem encerrar a mente.
Mediante provas e perseguições, a o caráter de
YAHUH se revela em Seus escolhidos. Os crentes em Yahshuah, odiados e
perseguidos pelo mundo, são educados e disciplinados na escola de Yahshuah. Na
Terra andam em veredas estreitas; são purificados na fornalha da aflição.
Seguem a Yahshuah através de penosos conflitos; suportam a abnegação e passam
por amargos desapontamentos; mas deste modo aprendem o que significam a culpa e
os ais do pecado, e olham para ele com repulsa. Tendo sido participantes das
aflições de Yahshuah, podem contemplar a recompensa além da obscuridade,
dizendo: "Tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são
para comparar com a glória que em nós há de ser revelada." Rom. 8:18.
Muito profundo irmã, que venham mais
ResponderExcluirParabéns, maravilhosos ensinos extremamente relevantes para a eternidade!
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